I
É difícil tentar explicar o amor,
Sentimento que acredito que sinto por ti,
Apesar de não o conseguir definir.
Desde que falei contigo pelas primeiras vezes
Senti algo que tentava explicar a mim próprio
Mas não conseguia...
Pelo meio, construí várias hipóteses:
- A procura de uma amizade
Que me servisse de amparo em momentos de maior angústia
- Uma curiosidade em conhecer cada vez mais a tua personalidade fascinante
Que me intrigava de dia para dia
- Uma mera atracção física...?
II
Não sei.
Desde então o tempo passou com o seu passo certo
Marcando trilhos nas nossas vidas
Que não mais serão apagados da nossa memória.
Esses trilhos que foram sendo abertos pelo tempo,
Percorro-os vezes sem conta, reavivando memórias.
Exploro-os, redescubro-os, e penso sem raciocinar.
Não vou pensar agora nesses trilhos
Que nos conduziram até ao tempo que é definido como hoje, agora.
Tento deixar de compreender
Como são construídos os caminhos que nos unem.
Diz-me tu agora,
Vale a pena compreender ou recear sentimentos ou (re)acções
Nas quais apenas o tempo nos conduz,
Trilhando novos caminhos que desconhecemos
E não podemos prever?
O presente não chegou a ser e já passou.
O momento presente é definido pela parte racional da nossa mente,
Conjugada com as emoções .
O presente não chegou a ser e já passou.
O momento presente é definido pela parte racional da nossa mente,
Conjugada com as emoções.
É presente desde e até que nós definamos.
No meu presente, definido por mim, estou contigo,
Percorrendo juntos o trilho que para nós vai sendo aberto.
O horizonte está ao alcance da palma da mão.
Agarra-o comigo. Vamos viver juntos o tempo.
III
Se eu te amo, é o tempo que me conduz. Presente.
[28/3/2003]