domingo, 26 de dezembro de 2010

Fronteiras

Mais
Lembranças renegadas por limites que há muito se enraizaram em nós
Luz
Que ofusca as verdadeiras razões que se embrenham nas sombras
De
Um pensamento a mais perdemos a oportunidade de libertação
Sem
Consciência de algo concreto por sonhos imaginados
Por
Caminhos tortuosos que nos desorientam
Alma
Perdida em rios de palavras insignificantes
Se
Algum dia os sacrifícios nos despertaram para o inferno de existências
Foi
Apenas o relembrar de algo esquecido nas nossas mentes atarefadas
Ser
Simplesmente humano ou parte de um milagre aleatório
Tua
Ideia de vida ignora todas as que pensei reais
Onde
Errámos nós ao longo deste esforço a dois
Lua
Olha-nos com desdém e amaldiçoa a nossa vaga felicidade
Um
Beijo termina em sangue que escorre dos nossos lábios
Vai
Depressa de volta para o teu mundo
Com
Recordações falsas de segundos imaginários
Aqui
Resta apenas uma imagem pálida de frustrações disfarçadas de vidas
Em
Algum lugar deixarei a chama da esperança extinguir-se
Por algum dia conseguir ver o que tu não conseguiste

[24/11/2002]